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De estudante a imigrante no Canadá


Por Fernanda Louzada


Certamente você já deve ter ouvido várias histórias de pessoas que decidiram deixar o seu país para recomeçar a vida em outro lugar do mundo. Cada história tem um enredo diferente e cada pessoa tem seus próprios motivos que levaram a essa decisão tão significativa e surpreendente. Os motivos podem ser vários. Há quem tenha dores. Tem aqueles que são movidos pela curiosidade. Outros têm esperança de encontrar oportunidades melhores.

A minha história é a mistura de tudo isso. Frustrada por viver em um país sem qualquer expectativa socioeconômica e com medo da violência, eu e minha família resolvemos que tentaríamos mudar o nosso futuro.


Procuramos em um primeiro momento dar a essa experiência um tom de tentativa, sem colocar muita pressão em nós mesmos. Desde o princípio, sabíamos que poderia não ser definitivo por questões de adaptação ou mesmo qualificação para o programa de imigração. Mas ainda assim, teria valido a pena por uma série de razões.


É fundamental estar preparado para qualquer resultado. Mas é indispensável traçar um plano para atingir os seus objetivos. Atualmente, o Canadá possui uma série de programas de imigração e, possivelmente, você e sua família vão se encaixar em alguns deles. Por ser um tópico muito denso, extenso e que constantemente sofre alterações, sugiro procurar a ajuda de uma consultoria para auxiliar nas decisões mais estratégicas. Todo passo dever ser devidamente calculado para evitar a perda de tempo e de dinheiro.


A partir dos 30 anos, começamos a perder pontos por idade no Express Entry, que é o sistema eletrônico de seleção utilizado pelo governo canadense (é possível fazer o cálculo de pontos no site oficial do governo). Isso significa que muitas vezes um plano de estudo no Canadá acaba se tornando a melhor opção para quem planeja imigrar ou até mesmo para quem deseja ter primeiramente uma a experiência temporária de estudar e trabalhar no país.

No nosso caso, eu decidi fazer um mestrado em Recursos Humanos na Fairleigh Dickinson University (FDU) e apliquei para o visto de estudos, que permitiu que meu marido recebesse uma permissão para trabalhar e o nosso filho de 16 anos recebesse uma permissão para estudar no High School sem qualquer despesa. Após a conclusão do meu curso, consegui o PGWP de três anos e o meu marido continuou com a permissão de trabalho. Após eu conseguir um emprego conforme às exigências do programa de imigração, aplicamos para a residência permanente. O caminho foi sinuoso e muitos desafios surgiram em diversos momentos. Mas tivemos muito sucesso e por isso temos uma gratidão eterna à Letícia que nos ajudou com suas orientações, dicas e planos. Uma profissional de extrema competência e doação que virou uma amiga de todos os momentos.


O Canadá nos devolveu a dignidade de poder sair à rua sem achar que seremos assaltados e de que os impostos que pagamos voltam na forma de benefícios para a população. O melhor disso tudo é saber que o nosso filho, que hoje tem 20 anos, terá um futuro melhor.

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